Marcelo Oxley

Pena de morte

Marcelo Oxley
Empresário e jornalista
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Sempre será preciso tocar no assunto sobre a pena de morte ou, no mínimo, punições mais severas para determinados crimes, mesmo que façamos parte de um Brasil transtornado. A desconfiguração deste País, causada pelo retrocesso político, corrupção e pobreza, o faz ter leis defasadas e brandas, sempre protegendo de alguma maneira assassinos, delinquentes, bandidos e corruptos. O maior país da América Latina encontra-se à deriva.

Antes de prosseguir, gostaria de fazer uma reflexão: quando acontecem assassinatos, o que você busca saber sobre o criminoso? Se o seu entendimento, para qualificá-lo, passa por sua ideologia política, você estará pensando apenas num contexto frio e desumano. Esse tipo de gente está em todo lugar, com qualquer bandeira e deve ser extinto da sociedade o quanto antes.

Quem somos nós para pensarmos em tirar a vida de alguém com a pena de morte? Mas quem são eles para tirarem a vida dos nossos filhos? Pensar na pena de morte é exatamente entender que certo indivíduo não poderá mais contribuir com a sociedade e, acredito, que nenhum assassino de crianças possa ser reintegrado.

A barbárie de Blumenau me ascendeu uma dúvida que por muito escrevo: o que você pensa sobre a pena de morte para casos de assassinatos de crianças e estupros? Porém, essa análise não pode estar baseada em conjunturas secundárias, e sim em fatos, na realidade. Você tem um filho entre quatro e sete anos? O que sente por ele? Você o leva na escola ou na creche na esperança de revê-lo? Os familiares das crianças mortas em Santa Catarina tinham a mesma certeza que tenho quando deixo meus filhos nas mãos de outros: "o pai já volta, filhos!".

Acho incoerente alguns assistentes ou os "defensores dos direitos humanos" protegendo esses bandidos, assassinos: "São vítimas da sociedade, têm distúrbio mental, tiveram uma adolescência conturbada, lhes faltou estudo". Engraçado que os mesmos não sentem todas essas indiferenças para cometerem tais covardias numa delegacia de polícia, contra um policial ou até mesmo com algum pai. Agem sempre contra o mais fraco, nesse caso, pobres anjos indefesos.

A covardia desse assassino não se limitou apenas às suas vítimas, mas ao modo como cometeu os assassinatos. Matar uma criança com uma machadinha é de uma frieza incontestável. O sofrimento delas é imensurável, inimaginável. A banalidade da vida, desses anjos que recém estavam começando suas caminhadas, me faz acreditar que a pena de morte seria a melhor saída. Aliás, já deveria estar marcada, determinado o local. Se você entende que estou errado, ok. Vivemos num país "democrático". Agora, olhe para seu lado e veja o seu filho(a) jogando bola ou brincando de boneca. Vá, nesse instante, e lhe dê um beijo, um demorado abraço. As vidas desses pais terminaram com a morte brutal dos seus queridos. Não há mais nada que os farão sorrir novamente.

Se a solução não for a pena de morte, então, que seja analisada a prisão perpétua urgentemente. Os novos casos de "assassinato de reputação", que são aqueles crimes "abençoados" pelos eternos comentários nas redes sociais, precisam cessar. O troféu para esses assassinos deve ser a eternidade numa cela ou a própria vida. Não há regeneração! Você colocaria na sua empresa, seja ela o porte que tiver, um assassino desse quilate ou um estuprador confesso? Gostaria de tê-lo como seu colega de trabalho?

Crianças deveriam ser eternas. A lei da vida, se quebrada, que fosse por um motivo "natural" e não cruelmente premeditado por um delinquente.

Nunca é tarde para seguir com abraços e beijos em nossos filhos. Fiquem com eles, estejam com eles, cuidem bem deles. Mesmo que nossos dias sejam maçantes pela rotina de trabalho, achem um bom tempo para eles. Vocês não imaginam o quanto isso é importante.

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